A matriarca da família dos Fonsecas , Rosa Maria Paulina da Fonseca (1802 – 1873) foi homenageada pelo Exército Brasileiro como a Patrono da Família Militar. A data, 18 de setembro, foi recém-instituída como o “Dia da Família Militar”. Ninguém melhor para representar essa data do que a Sra Rosa da Fonseca, apesar de não ter ocupado cargos de destaque (pois as condições sociais e históricas não o permitiam), teve um importante papel na formação cívica da família.
A união de Rosa Maria Paulina com Manuel Mendes da Fonseca, não era vista com bons olhos pela família Fonseca por sua origem pobre, descendente de índios e escravos. Vencendo os obstáculos da aristocracia da época, Rosa da Fonseca e Manuel Mendes casaram-se em setembro de 1824 e deram início à formação de uma das mais importantes linhagens militares do país entre eles o Marechal Manuel Deodoro da Fonseca ,1º Presidente do Brasil.
Dos 10 filhos da família, 8 eram homens, tendo todos eles se dedicado ao Exército e ocupado importantes postos nas Forças Armadas, na Política e na Administração Pública brasileira. Três deles faleceram em combate (Guerra do Paraguai). Uma passagem do livro “Gogó das Emas:a participação das mulheres na história do Estado de Alagoas” relata:
“Conta-se que enquanto se comemorava a vitória de Itororó com grandes manifestações públicas no Rio de Janeiro, Rosa recebia o boletim com a notícia da morte dos filhos. Nem por isso deixou de homenagear as tropas, estampando a bandeira nacional em uma das janelas de sua casa. E quando pessoas amigas chegaram para lhe dar os pêsames, teria afirmado: “Sei o que houve, talvez até Deodoro mesmo esteja morto. Mas hoje é dia de gala pela vitória; amanhã chorarei a morte deles”. E de fato chorou por três dias, fechada em seu quarto”.